Discussão sobre processo criativo marcou seminário

Texto: Karen Lima
Fotos: Fernando Pereira


Discutir o processo criativo do espetáculo de dança Tudophone e fomentar reflexões sobre a cena artística local. Essa foi a proposta do seminário realizado pelo Coletivo Trippé, no Cine-teatro do CEU das Águas, no bairro Rio Corrente, em Petrolina (PE), como parte da temporada de apresentações. A conversa ocorreu neste domingo (27) e reuniu artistas da cena local.
Durante o encontro, cada integrante do Coletivo Trippé compartilhou suas experiências a respeito da criação e do desenvolvimento do espetáculo. Os relatos abrangeram diversos assuntos, desde a ideia até a concepção da obra à realização da temporada de apresentações.
Para Wagner Damasceno, um dos artistas criadores, é bastante importante espaços de troca como esse seminário para fortalecer os laços entre grupos da cidade. “Na ocasião, foi possível entender como é o processo para um grupo artístico localizado na comunidade e saber que acertamos, que houve uma boa adesão de público espontâneo a ir ao teatro ver um espetáculo de dança contemporânea”, ressaltou.
O diálogo se ampliou para discussões a respeito do fazer artístico, a formação de público e a necessidade de criação de políticas públicas voltadas à Cultura no Vale do São Francisco. De acordo com Cristiane Crispim, integrante da Companhia Biruta, foi um momento importante para compartilhar experiências. “Esse encontro nos leva a comungar angústias do próprio processo criativo, mas também sobre a criação das políticas públicas, de como elas perpassam não só a criação, mas também a produção e a relação com o público”, explicou.
Para a atriz Camila Rodrigues, que assistiu ao Tudophone, durante a apresentação o público se reconhece, tornando o espetáculo convidativo. “Essa conversa agrega ainda mais essa experiência, porque temos a oportunidade de conhecer como foi o processo criativo e nos identificamos, o que contribuiu para o nosso fazer artístico, como acredito que tenha contribuído pra eles, já que o trabalho nunca está finalizado de fato, sempre está mudando”, ressaltou.
Essa ação é uma realização do Coletivo Trippé com produção assinada pela Pipa Produções e apoio financeiro do Governo de Pernambuco, através do Fundo de Incentivo à Cultura (Funcultura-PE), da Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

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