[T: Karen Lima]
Crianças durante espetáculo na Ilha do Massangano (F: Jackson Vicente) |
Neste
mês da dança, crianças de diversas idades, residentes em regiões periféricas de
Petrolina (PE), tiveram a oportunidade de assistir ao espetáculo Meu Querido
Catavento. As últimas apresentações foram realizadas ontem (16) e na última
quinta-feira (12), na Associação Cultural do Samba de Véio
da Ilha do Massangano e na Associação das Mulheres Rendeiras do bairro José e
Maria. Durante a temporada de apresentações, realizada pelo Coletivo Trippé, foram
apresentadas oito sessões com a participação de quase 1.000 crianças.
Os
alunos da Escola Municipal Santo Antônio assistiram ao espetáculo na Associação
Cultural do Samba de Véio, na Ilha do Massangano. A coordenadora,
Audeci Coelho, gostou da interação das crianças com os bailarinos. “Eles passam
a conhecer mais sobre dança, teatro, o que é palco, plateia. Um espetáculo
muito bonito que, além de tudo, atende o nosso público, já que é infantil”,
ressaltou. Os estudantes também aprovaram, como Renato Augusto dos Santos, de 8
anos, que assistiu ao espetáculo encantado. “Gostei quando entraram na caixa,
eu ri muito, e também gostei de desenhar”, afirmou.
Crianças
que participam da campanha “Nenhum Trabalho Vale Uma Infância”, promovida
pela Associação Civil de Articulação para a Cidadania (Acari) assistiram
ao espetáculo, na Associação das Mulheres Rendeiras. Para Thiago Santos,
psicólogo e educador social da campanha, participar da ação agregou no projeto
realizado com crianças que estão em situação de
trabalho nas feiras livres da cidade. “Nós estávamos sentindo falta
deste contato mais direto com o teatro e a dança, então foi um casamento
perfeito”, afirmou. “Senti muita alegria e amei a parte do submarino”, disse
Matheus Silva, 9 anos, que é atendido pela campanha da Acari.
Atriz Sarah, a Jujuba, conversando com as crianças. (F: Jackson Vicente) |
As
apresentações foram acompanhadas por um programa de mediação cultural da
plataforma Primeiros Passos, criada pelo coletivo. A professora da Escola
Municipal Professor José Joaquim, Francisca Lima, acredita que essa ação é muito
importante. “O material educativo oferecido e as conversas realizadas servem de
narrativa para eles que, além de terem assistido, vão pensar, lembrar o que
aconteceu e socializar essa história depois”, comentou. O aluno Walacy Samuel
Santos, de 8 anos, gostou das brincadeiras dos bailarinos em cena. “Adorei
quando eles entraram na caixa e começou a tocar a música do peixinho. Não
costumo ir ao teatro, mas agora quero ir mais vezes”, destacou.
O
projeto é uma realização do Coletivo Trippé com
produção assinada pela Pipa Produções e apoio financeiro do Governo do Estado
de Pernambuco, através do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura
(Funcultura PE), da Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), e da
Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Mais
informações estão disponíveis no blog: http://coletivotrippe.blogspot.com.br/ e
na página do coletivo no Facebook: http://facebook.com/coletivotrippe.